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segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

AS TAREFAS QUE NINGUÉM VÊ


Estima-se que existam em Portugal milhares de dependentes e igual número de cuidadores que ninguém se preocupou em ensinar nem remunerar o que se traduz numa enorme economia para o Estado. Apesar de amplamente discutido no Parlamento, o Estatuto do Cuidador Informal, não foi contemplado no OE para 2019.
Por definição, cuidador é aquele que cuida de alguém que pode ser ou não um familiar seu. Ser cuidador, seja de quem for, não é tarefa fácil. Conforme o grau de dependência, cabe ao cuidador preparar refeições, ajudar o seu dependente quando é preciso, auxiliar diariamente na higiene pessoal, prestar apoio nocturno, etc. tudo isto sem receber qualquer preparação nem remuneração…
Como já disse, não é cuidador quem quer mas quem sabe cuidar.
Embora existam diferentes tipos, o cuidador temporário depois de ajudar o seu dependente a sarar, vai-se retirando pouco a pouco de modo a provar ao seu dependente que não precisa no futuro mais de apoio.
Como o nome indica, o cuidador presencial oferece apenas a sua presença assumindo todas as tarefas que estavam a cargo do seu dependente. O facto de se limitar a estar presente e conforme a autonomia do dependente, sobra-lhe tempo para tratar da sua vida pessoal.
O cuidador informal, no meu entender, engloba todos os tipos de cuidadores mas, mais uma vez, permanece esquecido encerrando em casa as tarefas e a exaustão que ninguém vê.

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