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sexta-feira, 13 de maio de 2016

RECORDAÇÕES QUE FAZEM DOER

Há recordações que doem e incompreensivelmente teimamos em reviver. É assim uma espécie de masoquismo sem qualquer razão aparente. Não possuo formação académica que me permita compreender determinados comportamentos humanos de forma a explicar esta teimosia em reviver as más recordações. Ninguém em seu perfeito juízo se auto flagela, no entanto, isso acontece. Recordar o que por vezes magoa, ocorre comigo e seguramente com muito boa gente dita normal. A única explicação plausível é o facto de o ser humano se guiar mais pela emoção do que pela razão.
É verdade que, como seres racionais, deveríamos ter a capacidade de controlar as emoções negativas (as que fazem doer). Ironicamente, quase sempre conseguimos controlar as emoções que nos poderiam proporcionar algum prazer, mas ficámos impotentes perante aquelas que fazem doer.
Há músicas que nos transportam no tempo e uma delas é a célebre canção o “Desafinado” de Jobim. Esta música tem o condão de me transportar ao tempo em que o meu irmão aprendia a tocar de ouvido o violão dedilhando vezes sem conta os seus acordes na viola recentemente adquirida. Por ironia do destino, sempre perverso, era esta a música que tocava na estação de serviço onde parámos no regresso de Lisboa depois do acidente que o vitimou. Ainda hoje me emociona ouvir esta canção cujo CD, numa atitude de puro masoquismo, ponho a girar de vez em quando.
Vá lá alguém compreender o ser humano…!

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