Etiquetas

quinta-feira, 9 de junho de 2016

ESPELHO MEU, ESPELHO MEU

Vermo-nos ao espelho, nos nossos dias, é algo incontornável. Eles estão por todo o lado, em casa, no elevador, nos estabelecimentos comerciais, nos WC, … Em qualquer parte, onde a gente se encontre, lá está um espelho onde nos podemos (ad)mirar.
Apesar desta profusão de espelhos, pode dizer-se que a maioria das vezes não nos olhamos ao espelho. Pelo menos de um modo geral. Olhámos apenas para partes do nosso corpo e quase nunca o olhámos como um todo. A nossa atenção tem como objectivo verificar se está tudo bem com o cabelo, se o batom manchou os dentes, ver se algum pelo escapou à lâmina de barbear, se a roupa está devidamente alinhada, e a observação da nossa imagem fica-se geralmente por aí.
Observe-se o olhar de estranheza da bebé ao observar-se ao espelho. Poderia pensar-se que, como na história, estaria a perguntar: espelho meu, espelho meu, existe alguém mais belo do que eu? O que acontece na realidade é que ela não se reconhece na imagem reflectida no espelho. Na maioria das vezes o que vemos reflectido no espelho não corresponde de todo à imagem mental que de nós guardámos. Pode dizer-se que não nos reconhecemos quando olhámos sem filtros para a nossa imagem no espelho.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...