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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

OUTONO

Homenagem àquela a quem um dia permiti
um breve olhar sobre a minha alma
a partir do qual as nossas almas se irmanaram…
Em pleno Outono, tempo de recordar, faço esta singela homenagem
àquela que foi minha única irmã.

Outono
O sol é brando e morno… E não aquece
as nossas almas sós, enregeladas…
E as folhas secas gemem, desgarradas
por fresca brisa que nos arrefece…

Já se não ouve pelas madrugadas
o despertar das aves… Emudece
a voz em nossas vidas quebrantadas,
e opressa solidão nos entristece…

Na rara melancolia do horizonte,
há um pedaço de sol em cada monte,
resumindo, saudosa, a luz dos céus…

Não sei que sinto em mim chegado o Outono!
- Folha morta levada no abandono
onde eu não sou da terra nem de Deus!...

Maria Bernardette

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