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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

MAS AS CRIANÇAS, SENHOR...

Hoje era o dia de voltarmos ao hospital da CUF por volta das 12h. Fomos na incerteza se seria hoje que o “meu menino” iria retirar os ferros inseridos no osso do bracito. Depois de uma longa espera (também se espera no privado), foi tirar uma radiografia para o médico se certificar que estava tudo bem. Fiquei na sala de espera, só minha filha o acompanhou. Ouvi-o chorar o que naturalmente me angustiou. Enquanto esperávamos para mostrar a radiografia ao médico, ficámos a apreciara a agradável arquitetura deste hospital. É um ambiente que predispõe a um astral positivo mesmo estando doente como é o caso da maioria dos visitantes/utentes. Tivemos a sorte de estar um dia lindo de sol que penetrava através dos vidros da cobertura.
Com a radiografia na mão fomos recebidos de novo pelo médico que nos assegurou estar tudo em ordem para retirar os tais ferros inseridos no osso. Aquela mãozinha permanecia apertada na minha até que o sentaram numa marquesa. Eu e minha filha mantivemos o contacto físico acariciando o seu corpinho tão frágil tentando apoiar a criança naquele momento de angústia agravada pela nossa impotência perante o sofrimento que se avizinhava.
Não encontro palavras para descrever o que sentimos ao ver arrancar aqueles ferros e ver o sangue jorrar dos orifícios… Se a nós nos doeu, imaginem o que teria sentido o pequenito!
“Que quem já é pecador sofra tormentos, enfim! Mas as crianças, Senhor, porque lhes dais tanta dor?!... porque padecem assim?!...”

1 comentário:

  1. Gostava de saber, mas também não sei!

    Será que pagam pelos nossos pecados?
    Espero que não...

    Olga

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