Com
a radiografia na mão fomos recebidos de novo pelo médico que nos assegurou
estar tudo em ordem para retirar os tais ferros inseridos no osso. Aquela
mãozinha permanecia apertada na minha até que o sentaram numa marquesa. Eu e
minha filha mantivemos o contacto físico acariciando o seu corpinho tão frágil
tentando apoiar a criança naquele momento de angústia agravada pela nossa
impotência perante o sofrimento que se avizinhava.
Não
encontro palavras para descrever o que sentimos ao ver arrancar aqueles ferros
e ver o sangue jorrar dos orifícios… Se a nós nos doeu, imaginem o que teria
sentido o pequenito!
“Que quem já é pecador sofra tormentos, enfim! Mas
as crianças, Senhor, porque lhes dais tanta dor?!... porque padecem assim?!...”
Gostava de saber, mas também não sei!
ResponderEliminarSerá que pagam pelos nossos pecados?
Espero que não...
Olga