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terça-feira, 3 de outubro de 2017

A MÃO PREGUIÇOSA

De repente apercebi-me da impossibilidade de voltar a pintar. Aconteceu quando observava esta mão, que por ser a direita, estava destinada às tarefas mais ousadas do dia-a-dia. Agora que declarou independência só faz o que lhe apetece.
Evidentemente que me recordo dos artistas que pintam com o pé ou com a boca o que considero difícil e para quem vai toda a minha admiração. Mas não é caso, não penso vir a pintar com o pé e muito menos com a boca. Contudo, uma coisa a vida me ensinou, nunca digas desta água não beberei
Tenho que agradecer conservar a mão que muitos gostariam de conservar, mesmo sendo independente da vontade. De momento, tenho uma mão preguiçosa, diria sem exageros que é uma mão do contra. Quando digo que vá para a direita, ela vai para a esquerda , independentemente da política, convém esclarecer. Em abono da verdade tenho que reconhecer que já ajuda muito embora de vez em quando faça aquilo que lhe apetece fazer, principalmente no que diz respeito a bater em mim… É uma mão que não comando mas quem sou eu para comandar seja o que for?
De momento, não estou a pensar dar-lhe um pincel para a mão, ainda por cima a mão direita! Mas quem sabe, a obra prima que daí resultaria?
Seja como for, não me arrependo de ter iniciado já a oferta de duas jarras que pintei para o quarto dos netos. Agora só falta oferecer aos amigos alguma obra-prima. Não é que não tenha já andado a procurar pela casa.. O que resta está tão danificado (pelos dentinhos afiados dos filhos) que me falta a coragem para oferecer.

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