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sábado, 8 de novembro de 2014

SILÊNCIOS

Em qualquer relacionamento nem tudo são rosas… E ainda bem, atrevo-me a dizer. As rosas também têm espinhos e, além disso, por muito que se faça para que perdure a sua beleza sempre efémera, acabam por murchar … Também num qualquer relacionamento, não forçosamente amoroso, é inevitável haver desentendimentos, discussões, ressentimentos, silêncios… Em vez de encararmos cada um destes episódios como mais um passo a caminho do colapso, deveríamos aceitá-los como meras fases do natural crescimento e consolidação do relacionamento se convenientemente resolvidos através do diálogo. Sem dúvida que o diálogo entre pares se revela útil e necessário mas os silêncios também podem dizer tudo o que as palavras não conseguem, ou então, não dizer nada… o que não implica a existência de uma fenda no edifício da comunicação porque, como dizia Carlos Drummond, mesmo em silêncio e com o silêncio dialogámos.
Inevitavelmente, entre dois seres que se gostam, haverá silêncios, existirão momentos em que não se encontra nada de útil para dizer, mas o silêncio vai mais além da falta de palavras … nesses silêncios está contida toda a cumplicidade de uma boa e sólida relação porque também eles, os silêncios, a fortalecem…

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