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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

AO SOM DA MÚSICA


Há músicas que nos fazem viajar no tempo ora lamentando o tempo que passou, ora desejando que esse tempo não volte mais.
Estou certo de ter já declarado o quanto sou sensível à música. Ela tem por condão transportar-me a outras paragens, outras épocas, outros momentos que guardo bem escondidos na memória.
De tanto ouvir dedilhar na viola, os acordes de “O corcovado” e mais tarde do “Desafinado”, o som foi-me ficando no ouvido. Então, só o som daquela viola era o suficiente para arrancar velhas lembranças que ainda hoje conservo. Talvez por estas ou por outras razões, nutro um carinho muito especial por esse instrumento. Não é de estranhar portanto, que uma lágrima mais teimosa me aflore aos olhos quando ouço, não interessa a interpretação, uma dessas referidas músicas. Mais ainda depois que compreendi cabalmente o sentido da letra escrita por Tom Jobin.
Ainda hoje, passados tanto anos, uma lágrima teima em bailar ao canto do olho quando escuto qualquer uma destas músicas. Estupidamente ou por coincidência, era a musica que tocava na única estação de serviço onde parámos de regresso a casa…
Há dias em que nos deixámos ir levados ao som da música.
Há dias assim.

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