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sábado, 4 de janeiro de 2020

SAUDADES DO MAR


De repente, sem aviso prévio, de modo imprevisível assaltam-me as saudades do mar. Era normal sentir saudade dos amigos, dos almoços no shopping, fazer compras, conduzir sem rumo nem destino,… mas foi do mar que senti saudade! Tive saudades da brisa fresca que às vezes abomino, do ruído das ondas que se espraiam na areia da praia, da união improvável entre céu e mar lá ao longe no horizonte, da cor purpura do céu ao pôr-do-sol…
Podia ter sentido saudade de mil e uma coisas, de imensa gente mas foi do mar, quando nada o fazia prever, que senti saudade…
Sentir saudades é apenas uma força de expressão, basta que me afaste do mar por algum tempo ou por uma curta distância e lá vem esse velho sentimento desde há muito conhecido.
Gosto do mar na medida em que temo a sua fúria. Jamais me deixo abraçar totalmente pelas ondas, nunca me aventuro mar adentro. No entanto, não concebo a ideia de me afastar muito dele. E neste jogo de gato e rato, do mar e da areia, abandono o olhar e deixo-o navegar entre a areia e o horizonte.

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