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domingo, 26 de janeiro de 2020

NO MEU TEMPO É QUE ERA...


Desde já fica o aviso de que não fiquei parado no tempo preso à velha máxima “no meu tempo” com a qual discordo totalmente. Geralmente a frase é seguida de uma série de vantagens e alguns (poucos) inconvenientes relativamente aos dias que correm. Falar gratuitamente do “tempo” merecia alguma reflexão visto que ele varia conforme o significado que se lhe dá, depende do contexto em que é usado. Num dado contexto, dizer que se está a matar o tempo quer dizer que se deixam passar as horas sem executar nada de importante. Noutro contexto é frequente dizer-se que temos tempo o que significa que não se tem pressa. Já quando se diz que se está a perder tempo isso significa que o assunto é inútil ou pouco proveitoso. Por outro lado, quando se pede para dar um tempo está a pedir-se um certo intervalo que pode durar alguns minutos, horas ou mesmo anos. Relativamente a uma dada revista (jornal ou blog) apanhado por acaso em qualquer lado é frequente ouvir-se dizer é bom para passar o tempo o que pressupõe um novo significado para “tempo”. Só quem não gosta do tempo sente o desejo mórbido de o matar ou deixá-lo preso no passado sem contudo lhe atribuir uma justa e merecida importância…

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