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quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

A PROFESSORA DE PORTUGUÊS


Não foi por acaso que me tornei no que se pode chamar um “escritor” compulsivo. O gosto pela escrita não surgiu assim do nada, é preciso despertar essa necessidade quase a raiar um vício. Escrever ajuda a encontrar soluções para os problemas que surgem no dia-a-dia e a compreender as emoções e comportamentos das outras pessoas.
Recordo com saudade a minha professora de Português. Era uma professora nova na escola e na idade. Devia ser recém-formada, de baixa estatura, cabelo muito encaracolado e com a sua inseparável mala castanha que depositava ao lado dela. Ali estava ela perante uma turma expectante do comportamento da professora… Era notória a sua insegurança perante os alunos mas a ela se deve a responsabilidade do meu gosto pela escrita. O tempo foi passando e a professora foi-se afirmando perante a turma. Durante as aulas a professora lia as melhores composições das quais se destacava a minha e, não raras vezes, emocionava-se no decorrer da leitura. Recordo-a como uma ótima profissional. Incentivava nos alunos o gosto pela leitura e escrita recorrendo geralmente ao trabalho de casa sobre os mais variados temas. No final do ano, graças a essa professora, fui surpreendido com uma subida ao palco sendo distinguido pelo bom comportamento e aproveitamento escolar. Parco em palavras, ninguém saberia do facto não fora o meu saudoso irmão frequentar a mesma escola e ter relatado o facto à hora do jantar. Ninguém me deu os parabéns nem elogiou este grandioso feito. Limitaram-se a ouvir o relato sem comentar. Afinal era essa a minha obrigação…
Rendo homenagem a essa grande Profissional do Ensino que deste modo conseguiu desenvolver e cultivar nos seus alunos o saudável gosto pela leitura e pela escrita.

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