Há dias
em que o “esforço” de pensar nem merece o sacrifício contudo continua-se inexoravelmente
a pensar mesmo que não se escreva. E quem se pode gabar de ter parado o pensamento?
É
impossível parar completamente o pensamento mas é possível controlar o nosso comportamento,
isto é, a maneira como se reage perante os pensamentos negativos, aqueles que
aprisionam a mente, remoendo acontecimentos passados (ou futuros) que não é
mais possível alterar.
Pelo
menos, enquanto escrevo não penso, já pensei antes e vou pensar depois nas
consequências do que escrevi. Mas durante o processo da escrita não penso. Essa
seria a grande vantagem de escrever mas o ato em si não assim tão linear.
Afirmar que não penso é falso de certo modo, devia antes dizer que não ocupo a
mente com pensamentos mais profundos, mas o pensamento continua lá. Penso nas
teclas certas sobre as quais devo exercer pressão. Enquanto o pensamento se foca
nas teclas do computador, não salta para outros temas mais complicados.
Há dias
em que nem um pensador inato pensa antes de escrever, escreve apenas o que
pensa e mais nada.
Há dias
assim.
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