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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

O USO INCORRECTO DO TELEFONE

Nunca gostei muito daquele aparelho que existia na maior parte das nossas casas. Não posso precisar, mas penso que a aversão que lhe dedico remonta à minha tenra idade.
O aparelho que actualmente designámos por telefone, situava-se frequentemente no hal de entrada das casas ou apartamentos e era lá, para não fugir à regra, que estava instalado em nossa casa.
É óbvio que me refiro ao telefone fixo e não aos telemóveis que agora inundam o mercado e andam nos “dedos” de toda a gente. Mesmo que pareça impossível, há bem pouco tempo ainda, o telefone muito utilizado social ou profissionalmente, só se encontrava em poucas casas. Por mais cores e feitios que lhe fossem atribuídos, não passava de um aparelho frio e sem vontade própria que só merecia atenção quando tocava.
Como disse, nunca gostei muito desse aparelho e constatei que a aversão que lhe dedico ainda hoje prevalece intacta. Apesar de pouca gente lhe conhecer o número, deixo-o tocar por longos períodos sem ousar tocar-lhe.
Tempos houve em que atendia alegremente as chamadas de que raramente era o destinatário até ao dia em que foi incorrectamente utilizado.
Aquilo mexeu comigo e nunca mais o encarei como um mero aparelho destinado apenas a converter energia sonora em energia eléctrica e vice-versa.
Através do telefone passam, desde simples palavras, a emoções sentidas de parte a parte. Do que ficou dito, depreende-se que o “mal” está no uso incorrecto desse aparelho a que vulgarmente se chama telefone.

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