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sábado, 7 de novembro de 2015

A POLÉMICA DA CARNE PROCESSDA

O que ontem era considerado como verdade, hoje pode ser uma mentira. Isto acontece não por pura leviandade ou até inconsciência. Na verdade, a ciência está em constante evolução levando a que muitas teorias sejam ultrapassadas por novas teorias. Temos disso exemplo em diferentes aspectos da vida social, desde a política até à alimentação. E é sobre este último tema que me vou debruçar. Temos vindo a assistir em todos os noticiários à polémica causada pelo relatório da OMS que alerta para a possibilidade do consumo (exagerado) de carne processada provocar cancro. De certo modo surpreendeu-me a declaração em si e a polémica que provocou. É já de muitos anos atrás o meu conhecimento deste facto e, como professor de Ciências da Natureza, alertava os alunos para este facto. Mas a ciência é assim e a cada dia se fazem novas descobertas ou se corroboram as já existentes.
Quem não se lembra da surpresa que causou há cerca de 30 anos a descoberta de que peixes gordos como a sardinha, carapau, salmão, etc. eram prejudiciais à saúde precisamente devido à gordura… Mais tarde se veio a descobrir que a gordura destes peixes é excelente e benéfica para a saúde. A seguir, vieram os ovos para a lista negra devido ao elevado teor em colesterol sendo desaconselhados devido ao risco de provocarem doenças cardiovasculares. Dados científicos mais recentes vieram mostrar que o colesterol dos ovos não provoca o aumento dos níveis do colesterol na corrente sanguínea. Além disso, as proteínas dos ovos são essenciais a uma dieta saudável se consumidos três vezes por semana no máximo…
Também o azeite foi alvo de exclusão na nossa alimentação por ser uma gordura até que os cientistas descobriram que afinal os benefícios cardiovasculares desta gordura. A única restrição ao uso do azeite tem a ver com os fritos, isto porque este alimento tem um ponto de ebulição muito baixo tendo como consequência a produção de pequenas quantidades de produtos cancerígenos.
E a lista de alimento considerados prejudiciais à nossa alimentação e que afinal se veio a descobrir serem benéficos ameaça não ter fim. Já assim aconteceu com o leite gordo, o chocolate, café, …
O facto de estes alimentos terem vindo a ser reabilitados., isso não significa que se consumam todos os dias e em grandes quantidades. A regra de ouro na alimentação é a moderação no consumo de todos os alimentos. Como diz um antigo provérbio português, “tudo que é demais, é moléstia”.

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