Não
sei o que é pior em termos de cumprimento se o “Tudo bem?” ou o “Estás bom?”.
Se, por um lado, o “tudo bem” leva à hipocrisia de uma resposta positiva mesmo
que tudo esteja a desmoronar-se, o “estás bom” também não será a melhor opção. Isto
de estar bom depende muito do significado que se dê à palavra. Se quem saúda pretende
saber se estou bom no sentido de generoso, caridoso, bonzinho… teria que
responder pela negativa, isto é, não estou bom pela simples razão de que não sou… Se, pelo contrário, está a indagar pelo meu estado de saúde, poderei
estar ou não conforme os dias… Contudo, esta saudação pode tornar-se perigosa
do ponto de vista do retorno. Para muita gente, e à boa maneira portuguesa,
este é o pretexto ideal para responder o fatal “mais ou menos” seguido de um
chorrilho de lamúrias e um rol infinito de mazelas…Ao cumprimentar com esta
frase corre-se o risco de ficar retido por algum (muito) tempo a menos que se tenha (o
pretexto) de apanhar um transporte público ou o carro mal estacionado…
Sem comentários:
Enviar um comentário