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quinta-feira, 12 de julho de 2012

MENTIRA

Amei.
Nunca demais.
Talvez gratuitamente.
 
Pequei?
Não por mentir
que a solidão não mente.
 
Mas nunca, em minha boca este gosto,
mistura de remorso e de ansiedade,
ficou a recordar-me, no teu rosto,
inteira a dor intensa da saudade.
 
Antes mentir. Mentindo
por piedade.
 
Sorrindo,
como quem diz a verdade.
                                         Jorge Leal

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