A propósito da
comemoração de uma data em que muito se fala em liberdade, aproveito o pretexto
para escrever sobre esse bem tão precioso ao ser humano. A liberdade é um bem
de tal modo fundamental que, quando um indivíduo comete qualquer tipo de crime,
é punido com a restrição da sua liberdade.
Já muito se tem escrito
sobre a importância da liberdade ao nível social mas aqui, vou referir-me a ela
a um nível mais restrito, isto é, ao nível familiar. Considero que a liberdade
começa em nós próprios e só depois poderá ser convenientemente exercida no
ambiente familiar e social.
Na época atual, marcada
por uma forte crise económica (e não só), vivem-se momentos de incerteza e
insegurança que nos levam a restringir a liberdade dos nossos familiares mais
próximos impedindo-os de fazer o que pretendem. É óbvio que ninguém quer o mal
daqueles que ama e esta atitude só se compreende pela vontade de os proteger. Contudo,
condescendemos frequentemente em relação à liberdade dos nossos filhos mas, no
que toca à liberdade do companheiro de vida, o caso muda de figura… É natural,
quando se ama, que surjam momentos de insegurança relacionados com o medo de
perder o que origina, muitas vezes, uma atitude controladora, possessiva e
intransigente em relação ao outro. Porém, convém não esquecer que ninguém é de
ninguém e, se alguém está ao nosso lado, é porque decidiu ficar sabendo que tem
a opção de partir…
Tal como conta uma vela
lenda dos índios Sioux, Clique aqui “Se estiverem amarrados um ao outro,
ainda que por amor, não só viverão arrastando-se como
também, cedo ou tarde, começarão a magoar-se um ao outro.
Se quiserem
que o amor perdure, voem juntos, mas jamais amarrados. Liberte a pessoa que ama
para que ela possa voar com as próprias asas.”
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