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segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

DESTRALHAR

 

Achei graça ouvir de novo o termo “destralhar” que já não ouvia há muitos anos. Agora, no rescaldo da época festiva do Natal e do Ano Novo que convida a uma séria reflexão sobre todo o ano que passou. Ao longo do tempo acumularam-se montes de tralhas, coisas que já há muito deixaram de se utilizar mas que se guardam por uma questão sentimental. Umas, porque deixaram de se usar outras, pela impossibilidade de enfiar o corpo atual dentro delas, os quadros porque já não existe uma parede disponível, os móveis que ao longo do tempo se transformaram em trastes que se foram acumulando a tal ponto que o espaço entre eles não permite que se circule sem correr alguns riscos e por aí adiante…

O ano que agora começa é a altura indicada para destralhar, isto é, excluir esse amontoado de objetos, desocupar o guarda-roupa cheio de trapos que já não servem, dos móveis que já não se usam, enfim toda a tralha acumulada, aquelas coisas velhas sem qualquer serventia apesar do valor afetivo e pelos “trastes que são os móveis que só servem para ocupar espaço e que não fazem falta nenhuma no dia a dia.

A vida não nos pertence, ninguém decide se o seu percurso vai ser longo, muito longo ou demasiado breve. Numa fração de segundo esse percurso pode ser interrompido e toda a tralha guardada e acumulada durante anos, apesar do seu valor real, pouco significado tem para quem os recebe…

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