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segunda-feira, 1 de maio de 2017

O FIM COMO PRINCÍPIO

Desde tenra idade, detesto o fim, seja do que for. Não gosto. Podia recusar qualquer explicação (a idade assim o permite), mas vou tentar explicar o que talvez não tenha explicação.
Hoje fui pela última vez à terapia de posicionamento…. Foi o fim, o culminar de muitas outras sessões, mas um fim. Ao sair da fisioterapia que lhe sucedeu, apercebi-me que se aproxima aquele dia que a maioria dos portugueses anseia, o fim de semana. Mais um fim de semana talvez, mas um fim. Isto sem contar com o próprio mês que se aproxima do fim…. Detesto o fim!
Há muito que venho observando esta estranha aversão pela palavra latina “Fim” sem sucesso, diga-se. Aceitando como definição os termos, conclusão, remate ou morte, fico com a sensação de que morte é a que mais se adequa. Detesto a morte, por isso me recuso (tenho recusado) a morrer. Aliás, não sei qual das palavras detesto mais, se "Fim” ou “Morte”. Contudo, nada na vida é eterno e ficar focado no que já aconteceu é o erro mais comum que se possa imaginar…
Por associação talvez, entre as duas palavras, um fim soa-me a morte, a algo que não volta mais, mas que agora sei não ser verdade. Por vezes a morte é necessária como começo de algo que lhe sucede, mas a mim não me convence.
Recuso o “fim” que transformo sempre em “começo” de qualquer coisa o que não invalida o enorme vazio que se instala quando algo finaliza… seja do que for.
Há dias em que pensámos mais no futuro e só conseguimos ver o passado…
Há dias assim!

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