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sábado, 26 de maio de 2012

AS ÁRVORES MALDITAS


Há anos, no logradouro do condomínio onde moro, algum iluminado/bem-intencionado, lembrou-se de mandar plantar umas árvores de aspeto agradável. Até aí, tudo bem. Em poucos anos elas atingiram um porte de cerca de 15 metros. Aí comecei a embirrar com as ditas árvores que me roubaram o Sol e as parcas vistas que desfrutava da janela da sala. Anos mais tarde verifiquei que delas se desprendia uma espécie de algodão que deixava o relvado completamente branco como se tivesse nevado em pleno Maio. Comecei também a sentir uma forte irritação ao nível dos olhos e um agravamento da minha rinite crónica. A partir daí, na ignorância do nome científico, passei a designar as ditas por malditas árvores. Mais atento ao fenómeno, verifiquei que em vários pontos da cidade do Porto elas estavam presentes.
Pesquisei na net e fiquei a saber que as malditas árvores eram, nem mais nem menos, choupos americanos ou choupos do Canadá. Apesar de me tentarem convencer que o tal algodão ou melhor, o invólucro sedoso que envolve as sementes, não era prejudicial à saúde fiquei a saber que este pode ter efeitos nocivos. Segundo a alergologista Maria da Graça Castel-Branco o tal invólucro sedoso das sementes dessas árvores, “Em grandes quantidades, tem um efeito irritativo quando entra em contacto com os olhos, a boca e o nariz, provocando comichão na face e nos olhos e irritação nasal.” (in JN de 2005-05-12)
Através do mesmo artigo do JN fiquei também a saber, para meu contentamento, que as malditas árvores envelhecem muito rapidamente segundo afirma Paulo Alves, do Departamento de Botânica da Universidade do Porto.
Espero que envelheçam mais rapidamente do que eu…

1 comentário:

  1. As “malditas”!
    Sendo uma das pobres inocentes que, falando com um arquiteto paisagista, aconselhei as ditas para o jardim por crescerem rapidamente, sou solidária e também sofro horrores com as ditas!
    O nariz e os olhos é que pagam a inocência e a ignorância de não saber as características das “malditas”!
    Uma coisa te garanto: a “pouca vida” delas é muito superior à nossa!!!
    Beijinhos

    Olga

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