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domingo, 13 de junho de 2021

TERRA ADOTIVA

 

Nem todos se podem gabar de ter uma terra adotiva, eu posso. Para mim tudo começou em 2001 quando fui operado em Coimbra.

Nessa altura prometi que, se sobrevivesse, fecharia o negócio pendente com a imobiliária.
Como sobrevivi a essa melindrosa operação e por que sou um homem de palavra, assim fiz. Para o sucesso da intervenção, contribuiu a Senhora da Saúde que me conduziu até Esposende onde há muitos anos não ia.
Quer se acredite quer não e eu tenho a minha fé, há muito de sobrenatural na lenta recuperação que se lhe seguiu.
Nesse tempo esta terra parecia um autêntico paraíso, plana e sossegada, qualidades que vai perdendo à medida que o desenvolvimento urbano se apodera dela.
Chegando Agosto carros e camionetas apinhadas de gente sequiosa de mar despejam na praia essa multidão. Acaba-se o silêncio e o bulício que cresce junto ao mar espalha-se por toda a cidade ainda meia ensonada do longo inverno. Os comerciantes agradecem e aos residentes só lhe resta sair ou aguardar em casa que o mês termine e tudo volte ao normal…
Passada esta época a paz regressa às ruas, avenidas, pastelarias e ciclovias da marginal. Os comerciantes, atrás do balcão, voltam a esperar por um novo verão.
Chegando o Outono e depois o Inverno os dias voltam a passar calmamente junto ao mar,…

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