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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

A MORTE DE UM ANJO

No início de carreira, Virginia Woolf começou por escrever pequenos textos jornalísticos mas, com o tempo, veio a tornar-se uma excelente escritora e, nessa qualidade, deu imensas palestras. Numa dessas palestras, Virgínia contou que quando escrevia, a sombra de um anjo soprava-lhe ao ouvido como escrever para que os seus textos tivessem sucesso.

De tal modo o anjo a perseguia e atormentava que um belo dia decidiu matá-lo. Só assim a sua escrita seria mais autentica …

É obvio que Virgínia não matou ninguém nem nunca existiu o tal anjo.

O anjo era uma figura de retórica que ela usou como mera alusão aos seus próprios fantasmas.

Os anos passaram, a vida deu muitas voltas ao ponto de se pensar que os fantasmas não existiam… Por muito que se queiram ignorar, é durante a infância e mais tarde, na adolescência que travámos conhecimento com os nossos fantasmas. Não todos…

Alguns ficaram não se sabe bem onde até que um dia, sem que nada o previsse, eles surgem do nada como se estivessem sempre ali.

Há quem lhe dê o nome de “medos” mas, seja qual for o nome, todos têm os seus fantasmas e não me venham com essa treta de dizer que não se teme nada nem ninguém pelo que não é preciso matar os fantasmas ou… medos.

Não é verdade que os fantasmas surjam assim do nada, simplesmente estivam adormecidos se bem que uns são mais dorminhocos do que outros mas todos acabam por acordar.

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