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sexta-feira, 7 de julho de 2017

EM CADA CURVA A DOR ESPREITA

O tempo tem destas coisas, passado, presente e futuro. Eu sei que há quem defenda que o passado, o presente e o futuro podem coexistir num só espaço, eu sei, mas não concordo. Segundo essa mesma teoria, nunca sairíamos do presente.
Para mim, o passado é passado onde, por mais que se tente, é impossível voltar. Por um lado, seria bom, mas por outro, nem por isso. O passado já lá vai e o presente é o que se vê. O futuro? Quem sou eu, quem somos nós para nos pormos a adivinhar?
Estupidamente continuámos a percorrer o mesmo caminho que imaginámos rectilíneo, mas que, na realidade, está cheio de curvas. Em cada curva há uma dor espreita e somos assaltados pela angústia… E lá vamos, qual fénix renascida, perseguindo no caminho, recolhendo os despojos e as armas que usámos na luta com o passado.
Caminhemos, pois sempre em frente, já que é impossível regressar ao passado.

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