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sexta-feira, 20 de abril de 2012

O CIÚME



Sempre achei estranho o comportamento agressivo do meu cão – o Farrusco – quando eventualmente se confrontava com outros cães. Não encontrava explicação racional para tanta agressividade dirigida aos da sua espécie e tanta afabilidade para com os seres humanos até ao dia em que nasceu o meu neto. Aí eu entendi que tal comportamento era ditado por simples crises de ciúmes que se exteriorizavam por um amuo ressentido quando nossa atenção se focava na criança e ele ficava aparentemente esquecido.
Efectivamente, o ciúme além de não ser um sentimento exclusivo da natureza humana, também não é exclusivo dos amantes. Verifica-se entre pais e filhos, entre irmãos e até entre amigos (as) já que resulta do medo de perdermos o amor ou a atenção de alguém de quem gostamos. Nessa eventualidade, nasce o ciúme.
Quem ainda não sentiu, embora sem o assumir, ciúmes do amigo de um nosso amigo, só porque rivaliza connosco a sua atenção e convívio?
Há dias assim em que nos assola a desagradável sensação de ficar excluído perante uma outra amizade de um nosso amigo. Aí surge o tal sentimento – o ciúme…

Jorge Leal

“O ciumento passa a vida a procura de um segredo que possa destruir a sua felicidade.”
                                                                                                                                         (Axel Oxenstierna)

1 comentário:

  1. Pois é...o nosso Farrusco deu-nos uma grande lição de vida...o ciúme mata...mas o desprezo também...se o tempo voltasse para trás...bjo

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