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sábado, 4 de julho de 2020

O PERIGO DE COMPARAR


Embora não goste, comparar fotografias antigas com as actuais, até certo ponto é uma actividade que não deixa de ser saudável, desde que a comparação seja motivo de alegria. Compara-se então a imagem, geralmente sorridente, com o aspecto actual o que não deixa de ser normal, o problema existe quando essa fotografia traz até ao presente sentimentos negativos.
Através desta comparação, começa-se por estranhar principalmente o visual que na altura parecia o mais adequado e bem na moda. Da comparação, sai-se sempre a perder pois o aspecto actual é sempre melhor, salvo raras excepções. Do ato, fica a triste consolação de que, afinal, as diferenças entre uma e outra não são muitas. Apesar de algumas diferenças, verifica-se que os estragos feitos pelo tempo não foram assim tantos e, a sua maior parte, já eram existentes. Entre uma fotografia e outra, vão décadas, uma história de vida, bem ou mal vivida, pouco importa.
Essas fotografias ajudam a revisitar velhas ruas, costumes ancestrais, gente que se afastou, não de mim, como se poderia pensar, mas da doença que assusta qualquer um.
Por fim, fecha-se o álbum e, inevitavelmente ficamos a pensar com um passado não muito distante! Por um instante fica-se quieto durante um certo tempo a contemplar o ar feliz exibido na fotografia.
O tempo passou mas entretanto, a vida encarregou-se de ensinar coisas que nem o próprio desconfiava que existissem… mas o tempo não pára nem se comove com o que se deseja e, sobretudo, não tem retrocesso.

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