Não sei se é verdade ou ficção mas, como a minha mãe era uma pessoa muito religiosa (à sua maneira) e na minha rebeldia, da qual hoje me arrependo…, não sei porquê assimilei muitos dos provérbios que lhe ouvi, repetidos pela minha avó emprestada, (mas isso é outra estória…). No intuito de dar a melhor educação (religiosa), dizia a minha mãe com o olhar mais sério que se devia ter muito cuidado com aquilo que se deseja que aconteça. Dizia ela que havia um anjo no céu sempre a dizer “ámen”,… Como a mãe era muito religiosa, pensava que não mentia e o que dizia era sagrado, por isso, não se punha em dúvida tudo (ou quase tudo). O nosso jardim era o “Largo Ator Dias” em cujo centro havia um fontanário. Brincava-se, entre outros jogos, quase sempre ao pião, faziam-se as habilidades possíveis e imaginárias como, por exemplo, tentar acertar no pião daquele que jogava primeiro e neste jogo havia os piões que sofriam as consequências, o tal “pião das nicas”.
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