A gente habitua-se à ausência (temporária ou
definitiva) de familiares e amigos;
A gente habitua-se à falta de atenções, do abraço
apertado e do aperto de mão...
A gente habitua-se a esperar em vão por um
telefonema ou uma mensagem;
A gente habitua-se a ser ignorado mesmo por aqueles de
quem nunca esperaríamos ser ignorados...
A gente habitua-se a assistir à corrupção, à
poluição, aos sem-abrigo,…
A
gente habitua-se ao que é bom e mesmo até ao que é mau. É verdade que é mais
fácil habituar-nos ao que é bom do que ao que é mau. Mas habitua-se, por muito que demore
e custe a habituar. O ser humano tem essa estranha e maravilhosa capacidade de se
habituar (melhor seria dizer, de se adaptar), a tudo.
Não restam dúvidas que a habituação ao que é bom é mais fácil mas, em contrapartida, é mais difícil a desabituação…
Não restam dúvidas que a habituação ao que é bom é mais fácil mas, em contrapartida, é mais difícil a desabituação…
Mas o mais extraordinário, é que a gente
se habitua à ideia de que a gente se habitua a
tudo…!
A gente habitua-se, mas não devia.
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