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quinta-feira, 22 de março de 2012

EM MEMÓRIA DO FARRUSCO

mais do que um cão, um amigo

Como nós eras altivo
fiel mas como nós
desobidiente
Gostavas de estar connosco a sós
mas não cativo
e sempre presente/ausente
como nós.
Cão que não querias
ser cão
e não lambias
a mão
e não respondias
à voz.
Cão
como nós

(Sei que andas por aí, ouço os teus passos em certas noites, quando me esqueço e fecho as portas começas a raspar devagarinho, às vezes rosnas, posso mesmo jurar que já te ouvi uivar, cá em casa dizem que é o vento, eu sei que és tu, os cães também regressam, sei muito bem que andas por aí.)

Manuel Alegre, Cão como nós

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