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sábado, 26 de novembro de 2022

O CRIME DO PADRE AMARO

Agora que tanto se fala no Catar (à portuguesa) e na polémica que envolve a sua construção e acessos ao estádio, os costumes do país que colidem com o que se considera a liberdade democrática, é natural falar na obra de Eça, também muito atual e polémica por chocar, tanto a Igreja Romana Católica, como com a sociedade da época.

Para quem não conhece e não acredito que poucos não conheçam, a obra gira à volta de um pároco que foi substituir o anterior que faleceu. Embora tenha sido acolhido por uma das famílias mais abastadas da cidade, acabou por se instalar na pensão da Dona Joaneira cuja filha, amante de D. Dionísio, o padre Amaro acaba por se envolver sexualmente com Amélia.
Na época da publicação do romance a obra e o autor receberam duras críticas por abordarem o problema da sexualidade além de quase defenderem o egoísmo do padre Amaro que, por sua vez bacila na sua fé e questiona o celibato eclesiástico,… É preciso que se diga que, após a publicação, Eça foi perseguido pela Igreja Católica.
O romance, mostra a hipocrisia e corrupção dos membros do clero e a sociedade provinciana e burguesa daquela época.
Eça demonstra com esta obra que o ser humano é fruto do meio em que vive e que, inevitavelmente, o molda para a vida toda. Pelo teor social e político, a obra foi classificada demasiado realista…

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