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terça-feira, 25 de maio de 2021

RELAÇÃO AMOR/ÓDIO

Numa de provérbios é impossível contornar a velha fábula entre uma cobra e um pirilampo. Como todos sabem ou já não se recordam, na fábula a cobra perseguia um pirilampo no intuito, já se vê, de o matar e tentar comer.
Andava a cobra nesta perseguição até que o  pirilampo cansado de fugir disse, Nunca te fiz mal nem pertenço à tua cadeia alimentar porque me persegues?
Depois de pensar algum tempo e após longa reflecção a cobra respondeu, É só porque não suporto ver-te brilhar…
Nenhuma outra fábula ilustra melhor o sentimento comum a muita boa gente sem que contudo o assumam. A inveja é mais frequente do que se possa imaginar manifestando-se através de diferentes formas, por isso escapa sempre à nossa aceitação. É normal que se confunda inveja com o que frequentemente se sente ao observar a vida dos outros provocando a inexplicável antipatia da qual resulta o ciúme de tudo que o outro possui. Qualquer género de inveja é prejudicial vinda donde vier.
Não é todos os dias que, cansado de fugir, se pergunta ao invejoso, “porque não paras de me perseguir?” A coisa piora quando se obtém como resposta, é que não suporto ver-te brilhar…

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