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domingo, 23 de setembro de 2012

O GATO DE CHESHIRE

“Gatinho de Cheshire, o senhor poderia me dizer, por favor, qual o caminho que devo tomar para sair daqui?”

“Isso depende muito de para onde você quer ir”, respondeu o Gato.

“Não me importo muito para onde...”, retrucou Alice.

“Então não importa o caminho que você escolha”, disse o Gato.

“...contanto que dê em algum lugar”, Alice completou.

(Alice no País das Maravilhas)
Afinal não sou só eu que falo com o gato… Confesso que fui influenciado por Lewis Carrol e a sua maravilhosa obra “Alice no País das Maravilhas”. Há quem não goste deste livro exatamente pelos mesmos motivos que fazem dele um dos meus livros favoritos: o nonsense de toda a história e o desafio à imaginação devido à enorme carga simbólica que encerra.
De todos os diálogos, foi este que acima reproduzo, aquele que mais me fez refletir ao longo dos anos. Na minha eterna ansia de partir e nunca me encontrar bem em nenhum lugar, nunca soube definir para onde queria ir… É óbvio que quando não se sabe para onde se quer ir, qualquer caminho serve. “.. contanto que dê em algum lugar”. Existem de facto, caminhos sem saída. Tomando irrefletidamente um desses caminhos corre-se o risco de ficar encurralado num certo local ou numa dada situação.
"... não importa o caminho que você escolha" "... contanto que dê em algum lugar."

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