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terça-feira, 17 de dezembro de 2019

SENTIMENTO DE PERDA


Não é o momento mais adequado para falar no assunto, é uma época festiva convidativa a falar só em coisas alegres mas também é nestes momentos que mais se recordam aqueles que, embora sem uma presença física, ficaram para sempre na nossa memória.
Há perdas que nada nem ninguém consegue apagar. Não é fácil lidar com a morte seja de quem for. Ninguém nos preparou para a enfrentar com naturalidade.
Felizmente, apesar de o testemunhar, consigo imaginar a dor que uma mãe sente quando perde abruptamente um filho. Pela ordem natural das coisas os pais deviam partir antes dos filhos e não o contrário. É esse o curso normal da vida. A mãe que perdeu um filho, por mais anos que viva, nunca mais será a mesma, a dor e a saudade instalaram-se para sempre no seu peito.
Para qualquer pessoa, ver sair de repente alguém da nossa vida é uma experiência dolorosa que nunca mais se esquece. Do turbilhão de emoções que acompanham essa perda, sobressai um misto de saudade e de remorso que se estendem ao longo da vida. Remorso de nunca ter feito aquilo que se gostaria de fazer e nunca foi feito.
Apesar de não sermos gémeos, tivemos momentos de pleno desacordo, usufruímos também daqueles momentos de comunhão comum a todos os irmãos. Afinal passaram nove meses na mesma barriga da mesma mãe!
Talvez, no meio da confusão, a vida queira ensinar-nos a ser gratos por tudo que nos rodeia. Pode não ser no momento certo, mas o que importa é perseguir aquilo de que se gosta e sobretudo ser feliz.

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