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quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

ESPÍRITO DE NATAL


Nunca fui muito “bafejado” pelo espírito de Natal. Que me lembre, nunca liguei muito a esta quadra muito desejada por não haver escola…
Não faço ideia porque nunca apreciei esta época como deve ser, talvez por não ser muito festejada lá por casa, se por ter como ponto alto a chatíssima “missa do galo” espectável numa família exageradamente religiosa ou então devido aos presentes que se resumiam invariavelmente a umas peúgas, um cachecol, umas luvas e, quando muito, uma camisola. É verdade que sempre havia uma tristíssima árvore de Natal sobre o aparador da sala separada da cozinha por uma divisória de madeira onde raramente jantávamos.
Nenhum dos factos citados foi suficiente para fixar em mim o tal espírito de Natal. Não gosto do péssimo hábito da maioria dos portugueses de fazer compras à última da hora para oferecer depois a familiares e amigos sempre à espera que retribuam… Por volta dos dez anos de idade as coisas melhoraram em todos os aspectos mas há muito o espírito de Natal já se encontrava morto. O nascimento dos filhos ajudou a ressuscitar em parte esse espírito e a quadra passou a ser vivida de outra forma culminando com a distribuição dos presentes às crianças na noite de natal. Mais tarde, com a presença dos netos, revivi o Natal de outros tempos em que os filhos eram ainda crianças e acreditavam no Pai Natal.
Hoje detesto o consumismo que faz correr as pessoas para os centros comerciais, entupir estradas e lojas na ânsia de adquirir mais um presentinho para oferecer sabe-se lá a quem…

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