Não sou muito dado a celebrações nem homenagens,
salvo raras excepções, datas que não deviam ser esquecidas durante o ano. Reconheço
que estes “dias” são úteis para relembrar aquilo que nunca devia ter acontecido
e que jamais se resume a um só dia.
Todos os anos se celebra O Dia do Trabalhador no
primeiro dia de maio contemplado como feriado nacional. Em Portugal, a data só começou
a ser celebrada em 1974 por razões óbvias, depois da Revolução do 25 de abril. Para
quem não sabe, a celebração desta data remonta ao primeiro dia de maio
de 1886 quando os trabalhadores saíram pacificamente à rua para reclamar a
redução do dia de trabalho para as oito horas. Evidentemente que a ideia não
agradou aos dirigentes da época e a polícia “carregou” nos manifestantes dando
origem a uma onda de indignação na opinião pública de quase todo o mundo. Mais
tarde, em 1889, o Congresso Operário, reunido em Paris, decretou o 1º de Maio
como o Dia Internacional dos Trabalhadores.
Como todos os anos, o primeiro de maio
aproxima-se e com ele, para muitos portugueses mais um feriado, uma
oportunidade para sair, espairecer. Ainda por cima o feriado, este ano, calha numa
sexta feira, convidativo a saídas mais prolongadas. Neste período de
confinamento e devido às medidas de contingência já declaradas pelo PM, vai ser
difícil manter os portugueses confinados em suas casas. Cada saída por
ignorância ou inconsciência, é mais uma possibilidade de infectar muitos dos que
com ele se cruzam e, posteriormente a família mais próxima embora estes
indivíduos não apresentem qualquer sintoma de que estão infectados.
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