Saúde publica e economia parecem incompatíveis
na sociedade actual tal como ela está estruturada. É óbvio que privilegiar a saúde vai gerar inúmeros e enormes
problemas sociais e económicos de difícil resolução. Por outro lado, ao
privilegiar a economia, salvam-se muitos empregos e consequente a sobrevivência
do comércio e da indústria. Era impensável o contrário.
Com o devido respeito pelo confinamento,
o PM apareceu na TV a incitar as visitas ao pequeno comércio desde que com acesso
directo à rua… preconizando um alívio das normas
de saúde e realçando a importância da abertura gradual dos outros sectores.
Perante este comportamento, impõe-se uma pergunta: Como defender a economia em detrimento da saúde da
população?
Quando alguns líderes políticos mundiais,
advertem para os efeitos negativos da política de
saúde pública face à economia só há uma conclusão a tirar, a economia continua
a ter um papel muito importante na sociedade atual. Como justificação desta
atitude, alguns políticos declaram não ser possível, nem sustentável, relegar o
lado económico o que seria mais desastroso do que a livre disseminação do novo
corona vírus.
Com o tempo quente que assola todo o país, verifica-se
que muita gente ainda acha que o distanciamento social provoca mais prejuízos do que
qualquer outra medida que se tome em favor da saúde pública… Tais atitudes
fazem com que se acredite que existe um dilema entre saúde e a economia, como
se fosse possível optar entre uma e outra…!
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