Se entendermos que ser
líder de qualquer coisa, deixando de lado o aspecto politico da questão, é
comandar os outros pode dizer-se que não nasci para liderar coisa nenhuma. Já considerando
como definição a pessoa que exerce alguma influência sobre o comportamento,
pensamento e opinião dos outros, posso considerar-me, modéstia à parte, um
autêntico Líder. Passados tantos anos, ainda se nota a minha influência sobre o
pensamento e a opinião dos da minha geração e que comigo conviveram.
Pode questionar-se em
que medida isso reverteu monetariamente em meu favor? Em nada mas fica a
vaidade de ter deixado a minha marca, boa ou má, sobre todas as coisas que gravitavam
no meu universo. Nesse sentido não custa nada ser líder, basta para isso ser
autêntico.
É frequente ouvir falar
na importância que tem a liderança em qualquer projecto que se quer bem sucedido
e sobretudo nas ausências que se notam sobretudo no meu (ex) campo
profissional. Sobre essas ausências e conforme já suspeitava pelos lugares
vagos, só 32 deputados nunca faltaram às sessões plenárias da AR. Registe-se que
se sentam no nosso hemiciclo 230 parlamentares… e que até ao presente se realizaram
cerca de 107 sessões plenárias. Fazendo as contas, é esse o mal de ter sido
professor de Matemática, só 13,9% dos deputados nunca faltaram. Se quisermos mergulhar
no campo da estatística, cabe a cada deputado a média de 13,7 por debate (1500
faltas, tempo reportado a 18 de Julho).
Para quem trabalhou na
substituição de professores, as ausências ao hemiciclo representam 37 ausências
por doença de um total de 558 parlamentares. A liderar este ranking temos o PSD
com 42,4% de faltas o que se traduz em 626 ausências. Este partido é logo
seguido pelo PS com 37,8% de ausências…
O PSD continua a
liderar sendo o grupo parlamentar com mais faltas injustificadas (dados
recolhidos pelo JN).
Perante este panorama, afinal
até vale a pena ser líder?
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