Perante os fenómenos
que afectaram a Grécia e que se encontram em todos os noticiários, há quem insista
em não ver o que está bem à frente dos olhos. O ditado popular que serviu de
título a esta publicação adquiriu uma imensa carga social e política relacionada
com os recentes acontecimentos. Tendo em conta esta triste realidade, não se
compreende que exista ainda quem pretenda ignorar as alterações climáticas que
estão aí um pouco por todo o lado. Não querer ver faz de toda a gente conivente
com as alterações do clima que afectam toda a sociedade.
Ainda há poucos dias
fomos surpreendidos pela libertação de um icebergue gigante que obrigou à
evacuação de uma aldeia inteira. Com efeito, as calotes polares estão a
derreter e consequentemente o mar a subir o que além de provocar maior erosão
das zonas costeiras, leva ao risco de inundações. Por seu turno o aumento da
pluviosidade ou a falta dela cada vez mais frequente, afecta culturas que
dependem essencialmente do clima. São inúmeros os prejuízos patrimoniais dos
diversos países sem esquecer os prejuízos para a saúde de cada cidadão..
Não se pode ignorar a
influência do vento na propagação e progressão dos fogos que estão na origem de
tantas perdas de vidas humanas. O vento, sempre presente nestes fenómenos afecta
as mais diversas situações encontrando-se em zonas e estações do ano em que não
é habitual.
É esta a incontornável
realidade que hoje se vive e que torna incompreensível a atitude de certas
pessoas com responsabilidades em não querer ver o que se mete pelos olhos
dentro. Não basta adaptarmo-nos às alterações do clima, é necessário evitar que
ocorram e continuem a progredir. Não querer ver ou só ver o que interessa, é no
mínimo uma atitude egoísta e de cómoda indiferença.
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