Passaram já muitos anos
mas recordo com saudade o tempo em que a maioria das crianças ia para a cama ao
som da música do Vitinho. Ele era o responsável por esse hábito saudável de deitar
as crianças a uma hora certa.
Embora custe a
acreditar passaram-se 30 anos desde a última vez que o vi pela última vez…
Numa das minhas raras saídas,
lá estava ele com o seu inconfundível chapéu de palha e jardineiras amarelas
bem ao meu gosto e com um grande “V” no peito, a espreitar da prateleira dos
livros mais vendidos. O Vitinho voltou!
Na verdade não se devia
dizer que voltou, ele apenas esteve ausente já que na realidade nunca nos
deixou.
Embora não se viva de
recordações vê-lo ali, na prateleira, foi como reencontrar um velho amigo de
quem se sentiam imensas saudades embora sem saber…
Fiquei alguns instantes
ali especado a admirar-lhe a juventude, as sábias palavras sempre presentes, a sua
presença inigualável e sobretudo… toca a andar que o shopping é grande e estava
à minha espera.
Apesar do sacrifício
que representa dar mais um passo, lá fui percorrendo o shopping enquanto ia
pensando na forma ou formas de tornar a vida mais interessante o que iria implicar
viajar mais, ser mais curioso por tudo
que nos cerca, afastar todos os medos e aventurar-se por descobrir novas paisagens.
É que as aventuras não acontecem só nos
livros. São elas que tornam a vida
mais divertida e interessante.
Que se alegrem os mais
saudosos, o Vitinho voltou pela mão do seu criador, José Maria Pimentel, o que
nem todos sabiam.
Um dia eu vou ser grande,
prometo mas para já, deixem-me ser criança ainda que só de vez em quando… até chegar
a idade de crescer.
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