A frase, escrever é
um ato solitário, de tão estafada é já quase um cliché conhecido de toda a
gente. Pessoalmente, devo dizer que estou inteiramente de acordo. Com mais
tempo livre devido à quarentena voluntária contra o coronavírus, acabo por
investir a maior parte do tempo a tentar escrever.
Ironicamente, apesar de
dispor de tanto tempo fechado em casa, falta-me tempo para despender com a
minha pessoa. Verifico que antes do aparecimento do covid-19 dispunha de muito mais
tempo só para mim na medida em que o maldito vírus vai paralisando não só o
país mas toda a Europa.
Nos meus planos de
então, reservada todas as manhãs para realizar as pequenas tarefas domésticas e
despachar além do correio electrónico efectuar pagamentos pela Internet. Depois
de almoço, o tempo restante era destinado à escrita assim, salvaguardando as
minhas idas ao ginásio. Se bem o tentei, depressa compreendi que não era possível
conciliar a escrita com a presença aqui
em casa de outra pessoa familiar ou assalariado. Não há outra conclusão que não
seja escrever é um ato solitário só possível quando a casa se encontra vazia e
em completo silêncio isenta de qualquer distrativo de actividade humana.
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