Já houve um tempo em que bastava “arrumar” o
carro num lugar exíguo, fazer uma inversão de marcha mais ou menos bem feita,
conduzir razoavelmente e, evidentemente, nunca deixar o motor da viatura
desligar-se (ir abaixo). Eram requisitos suficientes para ser licenciado a
conduzir. Actualmente, pelo que tenho observado, esses requisitos não chegam. É
preciso possuir também um curso (completo) de adivinhação… Nunca se sabe se o
veículo que circula à nossa frente vai virar à esquerda, à direita ou seguir em
frente além de raramente indicarem que vão ultrapassar, tudo isto, sem
assinalar devidamente estas manobras. Quem convive na estrada com estes
veículos só lhe resta adivinhar o que o outro condutor irá fazer.
Existem em todos os carros, mesmo nos modelos
mais antigos, umas luzinhas destinadas a esse fim mas pouco utilizadas pela
maioria dos condutores. Compreende-se assim o estranho fenómeno das tais
lampadazinhas nunca precisarem de ser substituídas enquanto as outras sofrem
uma ou mais substituições conforme a antiguidade do veículo. Com a crise que atinge
toda a gente nos dias que correm, torna-se compreensível poupar…
Nesse tempo (que já lá vai) também era proibido
estacionar em cima dos passeios, em segunda fila ou inverter a marcha nas ruas
de maior movimento,… basta observar o comportamento de alguns condutores nas vias
situadas à nossa volta.
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