Até à data, nunca
tivemos o que se pode considerar uma relação muito simpática ao nível
intelectual, está claro. Nada de pessoal, apenas uma inexplicável antipatia.
Sempre o achei meio alienado nas respectivas declarações em diversos órgãos de
comunicação. Atendendo a algumas dessas declarações, acabei por elimina-lo da
pequena lista dos meus escritores preferidos, apenas por esse motivo e nada
mais.
Há tempos veio parar-me
às mãos, já nem sei como, um dos seus livros “Os meus problemas”. Indiferente à
natureza dos seus problemas, como sempre, dispus-me a lê-lo até ao fim. Em boa
hora o fiz. O homem possui aquele british humour tão do meu agrado mas tão raro
de encontrar nos outros, o que é sinónimo de
quem possui uma inteligência refinada.
Efectivamente, o homem é
um excelente contador de histórias, e serve-se das palavras com mestria para
expressar as suas ideias. Deste modo consegue exprimir muitas das suas opiniões
que partilho mas, porque são opiniões, nem sempre as verbalizo. Às vezes, até
coincidem com as minhas…!
Se ele consegue divulgar
através de um livro um conjunto de crónicas que traduzem a sua opinião, por que
não eu? Isto sou eu a pensar.
Com a leitura deste
livro acabei por fazer as pazes com este escritor.
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