Quantas vezes já se ouviu dizer, “O que eu dava para poder voltar atrás!?” Rebuscando
no baú das memórias penso que não dava nada para voltar atrás. Só alteraria
alguma coisa pontualmente, todo o resto seria uma mera repetição de factos já
ultrapassados…
Fechado em casa numa quarentena voluntária, decidi
alinhar no jogo: O que eu daria para… e foi aí que me lembrei do responsável
pelos meus dias. O que eu daria para o ter conhecido efectivamente! Talvez
tivesse compreendido o desamor, a falta de paciência para com os filhos devido
ao cansaço de um dia exaustivo de trabalho…, talvez tivesse compreendido e
perdoado a falta do miminho dos rebuçados comprados na régua, talvez…
Um dia, somos crianças e não compreendemos a
falta do tal miminho dos rebuçados da régua… no outro, somos adultos e
lamentámos todos os momentos perdidos no tempo… Um dia, somos crianças
inconsequentes naquilo que dizemos ou fazemos… no outro, somos adultos arrependidos
do muito que ficou dito e por dizer…
Efectivamente as pessoas mudam, as condições de vida também
se alteram, os momentos passam e as promessas quebram-se… Nunca se deve prometer
nada que não se possa ou não se tencione cumprir…
Num dia, somos crianças, no outro…
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