Ainda ontem era Setembro,
apesar do calor, e eis que chega sem pedir licença um novo Outubro… Esta rápida
sucessão dos meses leva-me a pensar, de que serve tanto poupar, tantas guerras dentro
e fora de portas?
Tudo passa tão rápido! A
vida corre e nós ficámos parados a vê-la passar ou corremos atrás dela. Pela
enésima vez, em diversas situações, assalta-me a questão de saber se valeu a
pena tanto sacrifício para chegar onde cheguei. Questão que implica uma outra
não menos pertinente e actual de saber, o que ando aqui a fazer?
Não sei. Ainda não
descobri o que ando aqui a fazer nem sei muito bem se valeu a pena tanta luta
da minha parte. O que quer que tenha feito, no que me tenha tornado, não vislumbro
qualquer arrependimento. Após um apressado balanço, concluo que se me fosse
permitido voltaria a cometer os mesmos erros e a espalhar as mesmas virtudes. É
assim a vida e não há volta a dar-lhe mas, pondo de parte o amor que dedicamos às
coisas e a todos os que se cruzaram no caminho, de que serviria então viver?
Quando se é novo parece
que a vida corre tão devagar que desespera. Nunca mais se alcança onde se quer
chegar. Mais tarde, pelo contrario, tudo acontece com tal rapidez que só nos
resta perseguir a louca corrida da vida embora em “passo” de reformado vendo à
nossa volta que os outros se deslocam em passo normal… De repente apercebemo-nos
que devido à velocidade com que as coisas acontecem, muita coisa ficou por
dizer, tanta coisa ficou por fazer, tanto por construir…
A vida corre e corre
tão depressa que é impossível apanha-la pelo que é inútil ir atrás dela. É
assim a vida. Alguém disse com alguma oportunidade, c’est la vie,… c’est la merde.
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