Editado pela Porto
Editora já em 2015, é um livro que possui a estranha magia de comunicar com quem
o lê. Não é exagero dizer que pertence aquele grupo de livros que nos prendem
desde a primeira página e que nos fazem ansiar por mais um livro…
Retomei finalmente a
leitura desta obra de Walter Hugo Mãe há muito adormecida sobre a mesa de
cabeceira. Devo dizer que não estive parado, entretanto surgiu o livro de Vanda
Azuaga que devorei como um diário e roteiro de viagem que efectivamente é. A
autora, através desta obra, consegue transportar-nos até locais inusitados, pouco
ou nada explorados e como tal quase desconhecidos.
Dedicando-se esta
publicação à obra de Walter Hugo Mãe, informo o leitor mais distraído que se
trata duma colectânea de 11 contos o que cada vez mais é do meu agrado devido à obrigação
que tenho de “alimentar” este blog.
Logo no primeiro conto
o autor define a sua simpatia política, mas não é este o meu conto preferido. O
meu gosto, por razões óbvias, vai mais para o segundo “O menino de água”. Cada
um, através de 11 histórias, encontra aqui a possibilidade de (re)visitar o seu
próprio interior. Usando as palavras do autor, o menino de água é para todas as pessoas que acreditam que as crianças
não se podem perder pela tragédia do mundo que os adultos criam.
Há quem defenda que se
trata de um livro de historias para crianças pela inocência dos contos do que
discordo. A linguagem utilizada por Walter Hugo Mãe não é de todo acessível ao público
infantil. Não sei escrever para crianças.
Acho que apenas ausculto a sua candura, mas não sei rigorosamente dirigir-me a
elas, confessa o autor na sua linguagem muito própria.
Trata-se de um livro
que, como já disse, através de 11 contos nos consegue situar entre o que a vida
nos dá ou tira. É com esta sensação que se fica após a leitura de mais esta obra.
Deixo aqui uma palavra
de admiração pelas magníficas obras de arte que nos é oferecido apreciar em
cada conto com especial destaque para a Arte de Paulo Damião que aliás mereceu
ser capa do livro.
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