Tinha acabado a leitura do livro “A Rapariga no Comboio”, um
best seller escrito por Paula Hawkins (Ler aqui). O livro, editado a 5 de junho
em 2015, tornou-se rapidamente um sucesso de vendas. Este sucesso, mais do que
merecido, tem muito a ver com a análise psicológica que a autora faz dos seus
personagens. Toda a gente comporta no passado algo de que não se orgulha e que ensombram
o seu presente. Quando confrontados com determinadas situações toda a gente é
capaz dos mais incontrolados acessos de fúria podendo mesmo chegar ao ponto de
matar… (?). Na verdade, ninguém é perfeito. Ao longo do livro, Paula Hawkins
atinge o âmago das relações humanas através dos seus personagens. Há quem
queira ver neste livro apenas um tríler policial, mas a autora vai mais além ao
descrever magistralmente os conflitos emocionais dos seus personagens que estão
na base das suas reacções e comportamentos.
Era inevitável, face ao sucesso atingido, uma adaptação ao
cinema da obra. Com efeito, a Disney já anunciou a estreia mundial de “A
Rapariga no Comboio” para 7 de outubro deste ano. Sempre que acabo a leitura de um livro como este,
interrogo-me por que razão insisto no solitário acto de escrever.
Durante alguns anos
escrevi poesia, agora escrevo mais prosa porque a poesia é o que é e nem sempre
os pensamentos cabem num verso… Às
vezes encontro as palavras certas para dizer o que sinto, mas a vergonha ou
medo impede-me de as dizer… Por isso, escrevo! Escrever, para mim, acaba por
ser uma espécie de catarse do pensamento o que permite dar espaço a novos
pensamentos…
Numa
frase e repetindo o que já escrevi (Ler aqui), diria que escrevo porque sou
péssimo a dizer o que sinto.
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