Já não me lembro quando
comecei a gostar de fado. Durante a infância e principalmente na adolescência considerava
esse género de música “piroso”. Estava mais virado para os intérpretes famosos
dessa época, Beatles, Sivie Vartan, Johnny Hallyday, Françoise Hardy… era a saudosa
década de sessenta… No campo musical divergia claramente do gosto dos
familiares. Nesse tempo, por influência familiar
além do fado, ouvia muita musica brasileira cujos discos proliferavam lá por
casa. Admito a influência mas a partir daí comecei a apreciar o timbre inconfundível
da voz de Amália. Não era só aquela voz tão característica que me fascinava mas
também a interpretação que dava às letras que cantava. Nessa tempo, as letras
dos fados pouco ou nada me diziam. Falavam de amores e desamores experiências
de vida que me faltava viver…
Entre os muitos CDs apeteceu-me
ouvir Amália. Enquanto ouvia, apercebi-me da enorme poetisa que foi Amália ao escolher
os poetas famosos do nosso país bem como as próprias letras. Finalmente,
rendeu-se a justa homenagem à tremenda fadista e interprete que foi Amália. Já
era tempo de lhe render homenagem como poetisa e também como cantora já que ao
longo da sua extensa carreira interpretou magistralmente outros géneros de
música.
Sem comentários:
Enviar um comentário