Agora dá-me para
observar os outros, uns recorrem às muletas, outros ao andarilho, outros ainda
na falta de um membro ou na melhor das hipóteses com algum engessado… Só posso
concluir que há sempre uma situação pior que pede um agradecimento sincero.
Mas existe também o
outro lado. Ver a facilidade com que alguns idosos se deslocam como se fossem jovens,
não consigo evitar uma pontinha de inveja…
Há que aceitar que nada
nem ninguém voltará a ser o mesmo. O tempo passou, a vida deu as suas voltas… Mas
a vida segue sempre em frente e não há outra alternativa que não seja seguir
com ela.
Quer se queira, que
não, as mudanças surgirão e por mais que se tente ou pense que se controla tudo, é a vida que comenda. De repente, como
se desse ouvidos aos nossos desejos, o universo tudo faz para satisfazer os
nossos desejos sem permitir que se compreenda o que aconteceu no passado e que
vai acontecer no futuro.
Tudo muda, devagar mas
muda. A vida muda, nós próprios mudamos e essa mudança, súbita ou não, é normal
que cause alguma desorientação a tal ponto que se fica sem saber o que fazer
nem mesmo para onde ir. No entanto, essa mudança é necessária. Só deste modo se
compreende que imitar os outros não contribui minimamente para a nossa
felicidade, só assim se avalia o que é realmente importante nesta vida.
Só depois de bater com
a cabeça nas paredes (salvo seja) da vida surgirão as respostas há muito
procuradas. Existem diversos caminhos para a felicidade, é preciso descobrir
qual deles conduz ao fim que nos propomos.
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