Há dias em que se torna
difícil contornar e não entrar no campo da política. Por muito que se tente acaba-se
sempre por “roçar” esse campo.
Tenho assistido (via
TV) à “guerra” interna de um certo partido que afinal e na minha opinião se
resume à velha guerra entre Norte e Sul… digam o que disserem, na origem desta
guerra está a localização geográfica. É uma “guerra” que já vem de longos anos
embora permaneça convenientemente adormecida, sono do qual só desperta de
tempos a tempos de acordo com os acontecimentos. Não é apenas de uma guerra
socioeconómica ou mesmo política. Esta guerra desencadeada pelas actuais declarações
dos representantes políticos de um mesmo partido mas em representação de regiões
diferentes..
A diferença entre Norte
e Sul sempre existiu embora em estado latente. É verdade que a gente do Norte
tem uma filosofia de vida e de trabalho muito diferente dos povos do Sul. Enquanto
que no sul só se trabalha tendo em vista a parte económica que dá acesso ao lazer,
no norte trabalha-se para produzir riqueza para o país e, porque não assumi-lo,
riqueza pessoal É um preconceito muito arreigado na população e de difícil oposição.
Apesar de ter nascido
em terras de Espinho, um dos políticos representa o Sul enquanto o outro, nascido
no Porto, representa o Norte. Uma vez que Lisboa e o Porto estão na berra não
só pelo emprenhadoríssimo mas pela segurança que oferecem ao visitante e a quem
se quer instalar por aqui, a presente guerra já não se justifica. É tempo de
acabar com preconceitos. Afinal não se verifica por cá o mesmo preconceito em
relação aos africanos e até aos brasileiros?
Deixemo-nos de
preconceitos ou acabamos por ser mais uma província de Espanha ou, na pior das
hipóteses, um protectorado de outro país qualquer.
Há dias em que se pensa
mais no que está por trás daquilo que nos mostram.
Há dias assim.
Sem comentários:
Enviar um comentário