Não sei (não sabe
ninguém) do que se é capaz para sair do anonimato. Desde o acenar por trás do/a
apresentador/a à chamada feita lá para casa, tudo é válido desde que se apareça
na TV. O que importa é aparecer no pequeno ecrã (com cara de parvo ou com a
cara que Deus lhe deu), acenar para a cara metade, amigo ou outro familiar que
se encontre do outro lado.
E quem pode, em
determinado momento da sua vida, dizer que já não sentiu uma forte vontade de
sair do anonimato?
Ver no pequeno ecrã a
nossa cara, mesmo em plano secundário, provoca aquela sensação que se sobrepõe
a quem está a apresentar o programa. É evidente que estou a falar desses
programas em directo, transmitidos a partir de várias regiões do nosso país e
com os mais diversos apresentadores.
Não deixa de ser
curioso constatar que aparecer no pequeno ecrã, mais que a fama que
(inconsciente) se persegue, ocasiona finalmente o reconhecimento de alguém, que
se atingiram os objectivos pessoais e profissionais… Mas aparecer na televisão a
acenar de telemóvel colado à orelha não significa ser famoso.
Na vida, para chegar a esse
efémero momento de fama é preciso saber parar para refletir, o que permite prosseguir
rumo a outros destinos e outras vitórias.
Antigamente, aparecer
na televisão, estava reservado a destacadas figuras políticas e apenas a alguns artistas
que actuavam sem cachet mas assim alcançavam o tal momento de fama além de se promoverem
deste modo. Actualmente, com o recurso aos “directos”, esta atitude está ao
alcance de qualquer um fazer aquelas figuras tristes que nos é dado observar…
Sem comentários:
Enviar um comentário