Em
tempos que já lá vão, talvez há uns bons 30 anos, era eu muito prendado e
bordava em ponto de cruz. Nesse tempo, a minha filha era ainda uma bebé, bordei
para o quartinho dela um tapete que fazia pendant com os quadros e a colcha que
a minha mulher pintou e costurou. O efeito geral resultou num quarto deveras
original e muito mimoso. Depois desta experiência bordei um tapete para o hall
que ainda hoje está a uso apesar de decrépito e colaborei no “enchimento” de uma
carpete em ponto de Arraiolos… Agora este tapete irá talvez um dia passar a ser
usado no quartinho da Rita. Rever este tapete há muito guardado à espera de
melhores dias, fez-me lembrar com saudade o prazer que sentia ao combinar as
cores no bordado. É um prazer talvez comparável ao que sentia ao pintar. Talvez
um dia eu recupere o gosto e o prazer de bordar... Quem sabe?!
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